domingo, 10 de março de 2013

(Não) Desvie seu olhar




Acho que tudo já foi dito. Antes. Depois. Desvie seu olhar. Agora ou sempre. Evitando memórias comprometidas por tamanha. Incompreensões parceladas ou solidões desfeitas. A solidão é pura ilusão. Sempre há alguém me observando. Sempre. Desvie seu olhar. Ao menos tente disfarçar. Mais um pouco. Claro demais. O sonho se torna claro. Agora ou sempre. Agora ou nunca mais. Pausa. Inspire. Incensos. Fumaças. Poluição. Perfumes. J’adore. Sabonetes de criança. Pensamentos de criança adulterados pela. Incompreensões parceladas ou solidões desfeitas. Camas desfeitas. Travesseiros novos. Um sonho diferenciado a cada despertar. Cada rosto uma sentença. Cada miado um encantamento. Cada silêncio muitos beijos. Cada minuto uma distração. Desvie seu olhar. Sempre esqueço que há alguém me observando. O gato de botas ou a gata branca ou as babuskas lésbicas ou as borboletas surrealistas com preferências diferenciadas ou camufladas em sonhos sutis. Sutileza sempre. É a sua voz. E os meus silêncios ou distrações. Sabonetes de criança. Pensamentos felinos. Filhotes felinos que jamais se tornam adultos. Encantamentos e inocências espontâneas congeladas no freezer. Ou apurados com perfumes ou com o tempo. Tempo que estraga ou que apura. Vinho ou qualquer outra coisa. Qualquer outro rosto já não interessa mais. Desvie seu olhar. Antes. Depois.

(Come una dolce farfalla che vola...),,,,,

(Libero delirio(-;

Não desvie seu olhar. Seu olhar me desperta. Pausa. Inspire. O sonho se torna claro. Sonhos consumidos em doces miados. Filhotes felinos que jamais se tornam adultos. Encantamentos profundos e impulsividades cautelosas escritas em olhares fugitivos. As babuskas lésbicas enviam flores e fogem. Fogem de olhares invasivos e mergulham no mais doce dos olhares. O único olhar que vale um sonho. Ou a real inclinação. A real inclinação do querer infinito. Quero a língua ideal ou olhares felinos ou músicas com asas ou palavras mergulhadas no chá de maçã com mel ou. Ou nada. Ou o que quero ou como sonho ou nada mais. Nada mais importa tanto assim. Tanto quanto. Livros reeditados. Poemas na madrugada. Felinas na madrugada. Balés e cappuccinos. Filmes e borboletas surrealistas abraçando suspiros.

(Come una dolce farfalla che vola...),,,,,

Não precisa mais desviar seu olhar (...).

Liz Christine


Nenhum comentário: