Acho
que tudo já foi dito. Antes. Depois. Desvie seu olhar. Agora ou sempre.
Evitando memórias comprometidas por tamanha. Incompreensões parceladas ou
solidões desfeitas. A solidão é pura ilusão. Sempre há alguém me observando.
Sempre. Desvie seu olhar. Ao menos tente disfarçar. Mais um pouco. Claro
demais. O sonho se torna claro. Agora ou sempre. Agora ou nunca mais. Pausa.
Inspire. Incensos. Fumaças. Poluição. Perfumes. J’adore. Sabonetes de criança.
Pensamentos de criança adulterados pela. Incompreensões parceladas ou solidões
desfeitas. Camas desfeitas. Travesseiros novos. Um sonho diferenciado a cada
despertar. Cada rosto uma sentença. Cada miado um encantamento. Cada silêncio
muitos beijos. Cada minuto uma distração. Desvie seu olhar. Sempre esqueço que
há alguém me observando. O gato de botas ou a gata branca ou as babuskas
lésbicas ou as borboletas surrealistas com preferências diferenciadas ou
camufladas em sonhos sutis. Sutileza sempre. É a sua voz. E os meus silêncios
ou distrações. Sabonetes de criança. Pensamentos felinos. Filhotes felinos que
jamais se tornam adultos. Encantamentos e inocências espontâneas congeladas no
freezer. Ou apurados com perfumes ou com o tempo. Tempo que estraga ou que
apura. Vinho ou qualquer outra coisa. Qualquer outro rosto já não interessa
mais. Desvie seu olhar. Antes. Depois.
(Come una dolce
farfalla che vola...),,,,,
(Libero
delirio(-;
Não
desvie seu olhar. Seu olhar me desperta. Pausa. Inspire. O sonho se torna
claro. Sonhos consumidos em doces miados. Filhotes felinos que jamais se tornam
adultos. Encantamentos profundos e impulsividades cautelosas escritas em
olhares fugitivos. As babuskas lésbicas enviam flores e fogem. Fogem de olhares
invasivos e mergulham no mais doce dos olhares. O único olhar que vale um
sonho. Ou a real inclinação. A real inclinação do querer infinito. Quero a
língua ideal ou olhares felinos ou músicas com asas ou palavras mergulhadas no
chá de maçã com mel ou. Ou nada. Ou o que quero ou como sonho ou nada mais.
Nada mais importa tanto assim. Tanto quanto. Livros reeditados. Poemas na
madrugada. Felinas na madrugada. Balés e cappuccinos. Filmes e borboletas
surrealistas abraçando suspiros.
(Come una dolce
farfalla che vola...),,,,,
Não
precisa mais desviar seu olhar (...).
Liz
Christine
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