Não há mais tanta coisa a ser dita – o silêncio floresce dentro das estufas de orquídeas.
Uma vaga percepção da realidade corroída – os desejos se acumulam dentro do armário.
Abstraindo a harmonia das ruínas – a graciosidade mora na dualidade das transformações.
O ritmo das lágrimas impróprias temperando os instantes únicos de lucidez abstrata.
A poesia sonora dentro da vaga percepção da realidade corroída – uma quebra na harmonia das ruínas.
Um coração se parte em contato com o ritmo das lágrimas impróprias.
A lucidez abstrata ameaça o silêncio dentro das estufas de orquídeas.
O vento frio recorta os caminhos da poesia sonora – e a realidade se quebra em pedacinhos dissolvidos em água.
Existem mesmo fantasias impróprias? Questão de percepção (...).
Existem mesmo amores insanos? Questões de dualidade (...).
Existem verdades que não sejam volúveis? A graciosidade das transformações inconstantes se dissolvendo na água.
Basta um gole e as lágrimas impróprias se convertem em graciosas figuras dançando ao sabor do voluntarioso vento gelado.
As palavras não-verbalizadas se comunicam através de afetividades comandadas pelo silêncio enfeitado por orquídeas.
A afetividade enfeita as declarações mais suaves que jamais serão ouvidas – e as mais graciosas fantasias florescem dentro do armário.
Liz Christine