La luna e
le stelle che scendono le scale tutti i giorni.
Le scale del cielo che i sogni
scrivono.
I sogni nei tuoi occhi.
Stava
cercando la prossima musica. “Ma no, questa no” – pensa Sòcrates. “Una musica
per ispirarmi. Forse Pomp and
circumstance, March n°1, di
Edward Elgar o Lakmé di Léo Delibes… Certamente Pomp
and circumstance, March n°1 sarebbe
perfetta adesso…”
O início da
tarde, o cair da tarde, e nenhuma palavra. O café diário, a segunda xícara no
cair da tarde, a primeira xícara pela manhã, e nenhuma palavra. Duas semanas e
nenhuma palavra. Sócrates continuou sonhando e consumindo ração da Farmina,
continuou observando o mundo à distância, continuou miando pouco ou muito,
continuou olhando a lua através da rede de proteção nas janelas, continuou
assistindo aos balés no computador, mas durante duas semanas fugiu de toda e
qualquer conversa – tirou férias de palavras, faladas ou escritas. Nada
escreveu, nada leu, a ninguém deu ouvidos – apenas sonhou e ouviu músicas
instrumentais. Pensou em ouvir Lakmè mas desistiu, apesar de adorá-la com
paixão. Ouviu outras músicas então. E nada escreveu. Estava sonhando com Greta
Garbo...
Nikiya e
Titânia se encontraram com frequência. Bastet e Cristina continuaram juntas. As
unhas de Pamina foram cortadas à sua revelia. E Marie Taglioni, como Sócrates,
também sonhou. Mas sonhou que estava na Espanha com sua família. A lua tudo viu
e suspirou...
Liz
Christine